Kardec
era um homem de ciência , portanto não se deixava levar por modismos. Sabendo
que a morte do corpo não era suficiente para que os Espíritos ignorantes,
pseudo-sábios ou mesmo mistificadores se depurassem, ou seja, continuariam na
erraticidade da mesma maneira que encarnados, o professor criou então um método
simples e eficaz para que a Doutrina Espírita não sofresse com falsas
revelações.
A
esse método chamou de C.U.E.E. – Controle Universal dos Ensinos dos Espíritos – que consiste basicamente em garantir que a
mensagem recebida fosse mesmo verdade. Dessa forma diz Kardec: “ A melhor
garantia de que um principio é a expressão da verdade se encontra em ser
ensinado e revelado por diferentes Espíritos com o concurso de médiuns
diversos, desconhecidos uns dos outros e em lugares vários, e em ser, ao demais
confirmado pela razão e sancionado pela adesão do maior número”.(LM Cap XXXXI –
XXVIII) e no ESSE item II Introdução,
prossegue o Codificador: “ Uma só garantia séria existe para o ensino dos
Espíritos: a concordância que haja entre revelações que eles façam
espontaneamente, servindo-se de grande número de médiuns estranhos uns aos
outros”.
Este
método tão caro à Kardec possibilitou ao professor neutralizar as tentativas de
Espíritos zombeteiros de incutir na D.E. coisas falaciosas que poderiam por
todo o trabalho a perder.
Infelizmente
o tempo passou e os continuadores da Obra Espírita parecem ter se esquecido
deste principio basilar.
Hoje
que ser Espírita está na moda, vemos centenas de livros tratando de diversos
temas, de Ufologia ao poder dos minerais, de crianças com auras de diversos
matizes á reencarnação no “plano espiritual”, de ritos e dogmas à dragões. Uma
panaceia de assuntos que levam a chancela de PSICOGRAFIA e não passaram pelo
método Kardequiano.
Com
isso, muitos neófitos da Doutrina estão cada vez menos familiarizados com as
Obras Básicas e consomem todo esse material que NADA TEM A VER COM ESPIRITISMO,
como se fosse a própria obra de Kardec.
Precisamos
urgentemente resgatar as origens ditadas pelo Espirito da Verdade. Como
espíritas que somos essa é a maior caridade que podemos fazer. Divulgar a D.E.
sem invencionices.
Caso
contrário em pouco tempo, quando reencarnarmos novamente na Terra, nos
depararemos com um arremedo religioso que não conseguiremos reconhecer as
verdades reveladas em Paris no século XIX. E todo o trabalho de Kardec e dos
pioneiros da Doutrina dos Espíritos terá sido em vão.
E
a responsabilidade será toda nossa.